AMBRÓSIO MACHADO CARVALHO, GOVERNOU A CAPITANIA DO RIO GRANDE DO NORTE DE 1616 A 1721, FOI PROCEDIDO POR ESTEVÃO SOARES ALBERGARIA E SUCEDIDO POR ANDRÉ PEREIRA TEMUDO
Foi nomeado por Carta Imperial de 20 de agosto de 1616,
conforme documento existente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa, Chancelaria
de D. Filipe II, L. 35, fl. 127. Com o predomínio do interesse português
puramente estratégico, em relação a esta Capitania, à época os colonos
sobreviviam da exploração pastoril, da produção de açúcar (exclusivamente nas
moendas do Engenho Cunhaú, vale salientar), da pesca e da extração do sal nas
salinas de Água-Maré (hoje município de Guamaré, localizado na microrregião de
Macau). Em 1619, ainda no curso de sua administração, foi concluída a
construção da Igreja Matriz, começada desde os tempos da conquista, segundo
VICENTE DE LEMOS, citado por TAVARES DE LIRA (1982, p. 40), informação que
consta na pedra fundamental que seria encontrada 167 anos mais tarde, quando da
ampliação do novo templo (1786), cuja estrutura fora reerguida em 1694 (V. informações
complementares ao fim deste verbete). Efetivamente a primeira missa da Cidade,
na data de sua fundação, foi oficiada ali pelo Padre Gaspar de Samperes.
Conforme ROCHA POMBO, referido por CÂMARA CASCUDO (1999, p. 50), após cessarem
as hostilidades e firmarem-se as pazes com os índios, dentro de poucos meses
estava mudada a povoação e pronta a capela, que foi inaugurada em dezembro do
mesmo ano (1599), dizendo-se a primeira missa com toda solenidade no dia 25,
circunstância que se aproveitou para dar à vila (sic), o nome de Natal (grifo
nosso). A exemplo do capitão-mor anterior, são extremamente escassas as
informações sobre Ambrósio Machado, que foi sucedido por André Pereira Temudo
em 1621.